“Todos os povos civilizados investigam as suas origens e amam a sua história. Há uma força instintiva que atrai o homem à terra natal, seja ela uma simples aldeia perdida nos vales profundos, nas serras majestosas e altaneiras, ou nas grandes cidades embaladas pelas ondas do mar, onde os requintes do conforto seduzem os ricos e poderosos do mundo”. Artur Monteiro do Couto
Estamos na época das vindimas e, se estiver de férias ou tiver tempo disponível, suba ou desça o Douro de barco, aprecie o Alto Douro, a sua beleza paisagística e patrimonial... a gastronomia e as quintas do Alto Douro.
(Re)veja este documentário da SIC e confira que, de facto, "Ir é o melhor remédio". Trás-os-Montes e Alto Douro é lindo !
Para além de um evento que irá decorrer na FNAC, no dia 25, haverá um almoço de homenagem a Bento da Cruz, Barroso da Fonte e ao Padre Fontes, no dia 27 de Fevereiro (sábado), no Restaurante Quinta Antiga*, no Cacém.
O programa e a ementa, a partir das 12h, são assim:
Entradas: alheira assada e ilharga de vitela grelhada
Prato principal: vitela assada com grelos
Sobremesa: aletria de Barroso e salada de frutas
Queimada das bruxas pelo Padre Fontes e café (produtos exclusivos da região de Barroso)
Animação ao vivo por 2 grupos musicais
Reservas: Carlos Caldas (tlm 919 317 229). Só há lugar para 200 pessoas.
Preço: 20 €
*Morada (B): Estrada Cacém Paço de Arcos, Espaço M - São Marcos (telefone: 214 260 307).
VISITA GUIADA A TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO (3-5 OUTUBRO)
PROGRAMA
Outubro de 2009
1º dia – 3/10 (Sábado):
6,30 h – Partida para Murça.
12,30 h - Almoço no Restaurante do Manel
14,30 h – Visita guiada à cidade, incluindo o castro de Palheiros que remonta ao 3º milénio a.C.
16,30 h – Partida em direccção a Mirandela.
17,00 h - Visita à zona histórica da cidade: Santuário de Nª Srª do Amparo, Igreja da Misericórdia, Palácio dos Távoras, Antigos Paços do Concelho, Palácio dos Condes de Vinhais.
20,00 h – Jantar no restaurante Varandas do Tua seguido de passeio nocturno pela cidade (facultativo).
Dormida no Grande Hotel D. Dinis.
2º dia – 4/10 (Domingo):
9,00 h –Partida em direcção a Macedo de Cavaleiros, com paragem e visita a Jerusalém do Romeu e Aldeia das Rosas .
13,30 h – Almoço no Restaurante Fraga da Pegada na Barragem do Azibo seguido de pequeno descanso para apreciar e disfrutar da beleza do local.
15,00 h – Visita guiada a Macedo de Cavaleiros: Museu de Arte Sacra, solar do Morgado Oliveira e outros pontos históricos com interesse.
17,00 h – Partida para o Convento de Balsamão, que faz parte da Congregação dos Marianos da Imaculada Conceição, onde se respira um ambiente único de tranquilidade serrana.
19,30 h – Jantar no Convento de Balsamão.
Dormida na Casa de Retiro e Repouso do Convento.
3º dia – 5/10 (Segunda):
9,00 h – Partida para Vila Flor. Visita ao Santuário de N.ª Sr.ª da Assunção e visita guiada à Cidade.
12, 30 h - Almoço no Restaurante Quinta do Barracão da Vilariça onde se poderão adquirir queijos de superior qualidade.
14,30 h – Partida para Trancoso e visita a esta bela localidade, uma das 12 Aldeias Históricas de Portugal.
17,30 h – Continuação da viagem de regresso a Lisboa.
Faleceu em Lamego, no passado dia 24 de Janeiro, o nosso ilustre e muito prestigiado associado n.º 1129, Dr. Fernando Monteiro do Amaral. Nascido a 13 de Janeiro de 1925, em Cambres, Lamego, Licenciado em Direito, desempenhou as mais altas e prestigiantes funções de Estado, nomeadamente as de Presidente da Assembleia da República (entre 1984 e 1987), Ministro da Administração Interna e de Ministro Adjunto do Primeiro Ministro tendo, finalmente, assumido o alto cargo de Vice-Presidente do Conselho da Europa.
Nesta breve mas sentida e dolorosa notícia importa-nos realçar sobretudo a amizade que ao longo de cerca de 30 anos sempre dedicou à CTMAD, sendo por exemplo de relembrar o apoio que nos conferiu por ocasião da homenagem prestada ao Prof. Doutor Adriano Moreira em Maio de 2006, durante a qual obsequiosamente proferiu uma memorável oração de elogio e saudação àquela incontornável figura pública de político e estadista.
Guardamos também na nossa Biblioteca um exemplar do livro de sua autoria que oportunamente nos ofertou "Memórias de uma Toga" contendo episódios pitorescos da sua vida de causídico bem reveladores, alguns deles, do espírito lhano e franco do povo transmontano e alto duriense.
São estes pequenos gestos que guardamos em memória de quem de nós se afastou e vimos partir com saudade, um elo inquebrantável, contudo, que fica na história da nossa centenária associação regionalista.
A CASA DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO DE LISBOA, em colaboração com os Municípios de Lisboa, Mogadouro e Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, acordaram evocar a figura ilustre do Transmontano de Mogadouro, Trindade Coelho, porque a todos uniu pela sua acção na vida e na morte dado o seu talento de escritor.
Para o efeito, foi escolhida a tradicional Festa do Folar Trasmontano, no dia 5 de Abril, realizada na Praça da Figueira, uma das praças mais nobres da capital.
A parte cultural teve uma participação invulgar em festas do género: ranchos folclóricos de Mogadouro, Pauliteiros de Miranda, rancho folclórico de Borbela (Vila Real), e rancho folclórico de Vimioso. O conjunto MARANUS encerrou a festa, com as suas alegres músicas, muitas delas de cariz regional.
A vedeta da Festa foram "Os Pardais". Desfilaram da Câmara Municipal de Lisboa, subindo a Rua Augusta até à Praça da Figueira. Pelo caminho, ao som instrumental dos aprumados executantes juntava-se o estalar das palmas dos numerosos turistas que saboreavam os ligeiros petiscos ou as lagostas e sapateiras nas esplanadas e marisqueira de um outro transmontano de Valpaços. Já em palco, deliciaram a multidão que os rodeava num enquadramento cheio de beleza, com o Castelo de S. Jorge diante deles.
Entretanto, também os pombos que habitualmente se passeiam pelo Rossio se associaram à festa. À medida que os músicos (Pardais) tocavam ali ao lado, eles levantavam voo e sobrevoavam em direcção ao Castelo de S. Jorge, dando graciosidade à festa transmontana.
De Chaves e de Valpaços vieram também os folares e os pasteis que se vieram juntar a produtos de outras regiões transmontanas e de transmontanos residentes e industriais do ramo,na Capital.
Aos Municípios que colaboraram com a Direcção da CTMAD, presidida pelo Flaviense Professor Doutor Jorge Valadares, testemunhamos a gratidão dos milhares de transmontanos que ali se sentiram orgulhosos das suas raízes. Os numerosos turistas estrangeiros deliraram com o que viram de forma inesperada. Foi mais um pedaço de cultura das gentes serranas que juntaram à de Lisboa e que, com ela, vão partir mais ricos de Portugal.
Foi esta a expressão que ouvimos de um operador turístico brasileiro na Bolsa de Turismo de Lisboa. O diálogo prolongou-se porque o simpático senhor representava uma parcela do Estado de Minas Gerais, que eu tinha visitado, onde os emigrantes portugueses deram um valioso contributo, bem patente na cidade de OURO PRETO.
É a partir desta filosofia de promoção e de acção que nós teremos de partir, para que o Alto Tâmega e Barroso, com as suas motivações e limitações venha a abrir-se mais aos circuitos turísticos nacionais e internacionais, contando mais com o seu trabalho do que com os defensores da Região do «PORTO E NORTE DE PORTUGAL.»
O Alto Tâmega e Barroso estavam aqui instalados a fazer distribuição de publicidade.
Com base no que lemos no "stand " é legítimo perguntar se o Porto pertence ao sul ou se tem um estatuto especial. Admitimos que o Porto e as praias do norte de Portugal tenham pouco a ver com os montes e vales que se sucedem até Bragança. Não pretendemos pôr em causa a nova divisão turística de Portugal para promover no estrangeiro. Mas duvidamos da sua eficácia para as regiões do interior, daí que lembremos o que se diz em linguagem corrente: «quem quer a sardinha assada tem de lhe chegar o fogo». Em termos turísticos e de exemplo, podemos apontar o Casino de Chaves. A Empresa "SOLVERDE" instalou um stand especial de luxo onde publicitou o novo Casino de Chaves, com belas fotografias.
As Caldas de Chaves, para uns,-Termas de Chaves,- para outros, e SPA do Imperador para terceiros,- tinham simpáticos funcionários mas, na prática, também não passaram de distribuidores de folhetos no lugar errado. No nosso ponto de vista, deviam estar no das Termas de Portugal, associação de que fazem parte e o nome Chaves estava bem visível.
Tivemos a oportunidade de trocar impressões com alguns representantes locais e as opiniões, embora com as reservas de quem obedece, deixavam adivinhar que estávamos mais próximos da eficácia. Isto serve para os representantes de outras Termas ou SPA (s), designação discutível porque é utilizada por todos os que utilizam qualquer espécie de água. E as águas de Chaves têm características próprias que as distinguem das que são utilizadas nos Clubes de SPA(s) de Lisboa. As demonstrações também têm de ser diferentes.
O que deixamos dito, já dá para reflectir a quem quer explorar o turismo e motivar os clientes para os seus empreendimentos turísticos. Mais adiante, citaremos parte de uma conversa que tivemos com um professor de turismo.
Sempre presentes estiveram os representante de Ribeira de Pena e o Dr. Carlos Ferreira, representante de Miranda do Douro.
Realçamos algumas notas que respigámos da conversa que tivemos com o Dr. Laginha, professor de Turismo em Lisboa e que podem ser úteis a muitos que julgam que sabem tudo:
Gastronomia. O turista gosta de comer coisas que saibam bem. Primeiro comem os olhos, depois come o cheiro, a seguir o paladar. A gastronomia funciona com os cinco sentidos. No norte, pensa-se mais na quantidade; no Sul, as quantidades são menores e em muitos sítios, pensa-se mais em explorar os turistas que o Turismo.
Há uma diferença muito grande entre consumidores e clientes. Os consumidores podem voltar ou não. Os clientes voltam sempre, e ajudam a fazer as casas, as empresas; com as suas recomendações acrescentam sempre alguma mais-valia. E são as suas emoções e expressões que produzem essa mais-valia. Os portugueses são conhecidos pela sua hospitalidade; e isto é o que nos distingue dos outros povos.
Na promoção, devem ter-se em conta as emoções geradas pelas imagens.
Mostrar os hotéis, o Turismo Rural, de Habitação, da Natureza, as Montanhas, as Praias, o Desporto, a Animação Cultural, os Casinos. Pensar em vender apenas o Sol e a Praia é uma coisa horrível… Ninguém se desloca para ir dormir a outro país ou a outra região. Os Turistas querem levar recordações e até a promoção de Portugal, utilizando o "Galo de Barcelos" era muito útil. Os Turistas já tinham uma prenda, imagem de Portugal, para oferecer aos amigos.
Por hoje, ficamos por aqui, com uma ponta de saudade das imponentes imagens do Vidago Palace Hotel. Aguardamos pelo presente que a UNICER e o Dr. António Pires de Lima oferecerão, brevemente, ao Alto Tâmega e Barroso. Essa, sim, uma mais-valia para o Turismo do Norte de Portugal.